sábado, 23 de agosto de 2025

Pais podem responder por exploração de influenciadores mirins


A discussão sobre a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais voltou ao centro do debate após a denúncia feita pelo youtuber Felca. Em um vídeo que ultrapassou 47 milhões de visualizações, ele expôs o criador de conteúdo Hytalo Santos, preso acusado de expor menores em seus vídeos de forma recorrente. O caso trouxe à tona uma questão sensível: até que ponto a infância pode ser transformada em palco digital e fonte de renda?

O crescimento dos chamados influenciadores mirins acompanha a expansão do mercado digital. Vídeos fofos, engraçados ou de rotina atraem milhões de seguidores e movimentam contratos publicitários milionários. Porém, por trás da imagem aparentemente lúdica, especialistas alertam para riscos psicológicos e legais que não podem ser ignorados.

Em entrevista ao Metrópoles, a psicóloga Kênia Ramos, do grupo Mantevida, chama a atenção para a adultização precoce. Segundo ela, “a adultização de menores de idade pode abrir portas para inúmeros problemas futuros, já que crianças e adolescentes estão em pleno processo de formação física, emocional e psicológica. Eles ainda estão construindo sua identidade, aprendendo a lidar com emoções, limites e relações”.

Ela explica que, quando uma criança é exposta a conteúdos adultos ou responsabilidades que não correspondem à sua idade, há impactos diretos em sua autoestima e saúde mental.

“Entre as consequências estão a confusão na construção da identidade, a maior vulnerabilidade a abusos emocionais e sexuais, além da suscetibilidade ao adoecimento mental, baixa autoestima, dificuldade em estabelecer limites saudáveis e maior propensão a relacionamentos abusivos”.

➡️ Leia a reportagem completa em metropoles.co

📸 Arte/Metrópoles

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